Resumo
Introdução: A preservação digital em repositórios institucionais exige o uso de metadados capazes de garantir a integridade, autenticidade e longevidade dos objetos digitais. Nesse contexto, padrões como Dublin Core, amplamente utilizado em plataformas como o DSpace, apresentam limitações quanto à descrição de aspectos técnicos e de preservação, o que justifica a adoção de esquemas complementares, como o PREMIS. Objetivo: O artigo tem como objetivo propor um mapeamento conceitual entre os elementos da entidade Objeto do modelo PREMIS e os metadados disponíveis no repositório DSpace, considerando especialmente os campos Dublin Core e os dados extraídos do bundle original e dos cabeçalhos dos arquivos digitais. Metodologia: Trata-se de um estudo teórico-aplicado, com base em análise documental da estrutura do DSpace, do PREMIS Data Dictionary e de práticas comuns de extração de metadados técnicos, com foco exclusivo na entidade Objeto. Resultados: O estudo apresenta um quadro de correspondência entre os elementos da entidade Objeto do PREMIS e as fontes de dados já disponíveis no DSpace, demonstrando a viabilidade de uso dos recursos existentes para estruturar pacotes de metadados de preservação. Conclusão: O mapeamento proposto pode subsidiar instituições interessadas na adoção incremental do PREMIS, ao evidenciar que grande parte dos dados necessários já está acessível nas instâncias do DSpace, bastando organizá-los conceitualmente.
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