Resumo
A iniciativa Rota e Cinturão é uma atualização para os tempos atuais do que era a rota da seda nos tempos antigos. Três de suas principais diferenças são (1) área de atuação; (2) a centralidade das ações e; (3) as atividades e “bens” que circulam na BRI. Relativamente ao primeiro ponto, a nova rota difere da anterior no número de países e abrange todos os continentes. A centralidade das ações mostra que desta vez a iniciativa é inteiramente chinesa e por fim, as atividades e bens envolvidos na Nova Rota da Seda não são mais produtos de baixa complexidade, mas sim projetos de engenharia, fábricas, investimentos financeiros, entre outros.
Mesmo com a chegada de novas rotas, países e atividades uma rota antiga que seria “ativada” teve uma situação distinta dentre tantas outras. A Itália foi um dos últimos países europeus a declarar interesse em participara da BRI e o único que tomo ações para sair da iniciativa, até 2023. Este trabalho busca entender o como esse movimento de saída da Itália das negociações para inclusão dentro do BRI ocorreram. O período analisado será de 2018 a 2023, sendo o primeiro um ano antes da assinatura de um documento de interesse pela Itália e 2023 a saída oficial do país1. O recorte temporal também é significante devido ao contexto global de “Guerra Comercial” entre China e Estados Unidos da América e a mudança de primeiros ministros italianos.
Como abordagem metodológica, utiliza-se Process Tracing na busca de um entendimento de quais fatores internos e externos a ambos os agentes (China e Itália) foram levados em consideração para a saída italiana.

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