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O crescente papel na china nas negociações climáticas da ONU
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Palavras-chave

China
Civilização ecológica
Nações Unidas
Financiamento internacional

Como Citar

PINOTTI, Talita de Mello; ESTEVO, Jefferson dos Santos; WEINS , Niklas Werner. O crescente papel na china nas negociações climáticas da ONU. Seminário Pesquisar China Contemporânea, Campinas, SP, n. 8, p. e024021, 2024. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/eventos/index.php/chinabrasil/article/view/11856. Acesso em: 6 nov. 2025.

Resumo

A China é desde 2006 o maior emissor de gases do efeito estufa. Apesar das emissões per capita do país serem baixas, o país busca reverter uma imagem internacional negativa. Para tanto, em 2018, a China inseriu o termo "Civilização Ecológica" em sua Constituição, reforçando uma nova fase de crescimento econômico iniciada no 11o Plano Quinquenal, que dá maior prioridade às questões sociais e ambientais. Segundo o presidente Xi Jinping, o país está pronto para assumir seu papel como uma "potência ambiental responsável". Porém, as transformações no âmbito doméstico são anteriores, com a modificação da matriz energética, investimento em energias renováveis, além de projetos de reflorestamento e despoluição. Este avanço doméstico, sobretudo na transição energética, é uma “liderança por exemplo”, com o país sendo um modelo de ações e políticas ambientais positivas. Em outro notável âmbito, o de contribuições para instituições ambientais multilaterais, a China está desempenhando uma “liderança em recursos”. Este trabalho visa o entendimento do avanço do país como financiador das principais Agências das Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente. Dessa forma, identificamos as contribuições do país dentro Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), também os Protocolos de Cartagena e de Kyoto. A China, dentro destes Órgãos, passou a ocupar ou a liderança em contribuições ou a segunda posição, nos anos recentes, ultrapassando outros países importantes, como Japão, Alemanha e Reino Unido. Desta forma, tem utilizado esta “liderança em recursos”, para exercer influência nas agendas, como a promoção da “Civilização Ecológica”. Assim, o país tem modificado sua imagem negativa do passado, para assumir uma liderança global nas questões ambientais, seja pelos avanços domésticos, e com seu poder econômico em financiar as Agências da ONU. Este artigo visa o entendimento dessa nova influência e importante política externa da China, demonstrando através da pesquisa empírica nos dados das Agências da ONU, o avanço das contribuições do país.

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