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Forças produtivas, semicondutores e liderança econômica: a luta imperialista entre estados unidos e china no século XXI
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Palavras-chave

Geopolítica
Semicondutores
Estados Unidos
China

Como Citar

PEREIRA, Érico Rodrigo Mineiro. Forças produtivas, semicondutores e liderança econômica: a luta imperialista entre estados unidos e china no século XXI. Seminário Pesquisar China Contemporânea, Campinas, SP, n. 8, p. e024033, 2024. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/eventos/index.php/chinabrasil/article/view/11864. Acesso em: 7 nov. 2025.

Resumo

O século XXI acaba sendo o desenlace temporal de algo que tem início em meados do século XX, quando Estados Unidos, de um lado, ascendem a potência imperialista, postando-se vis-à-vis com a União Soviética na chamada Guerra Fria. E quando, de outro, a China inaugura processo de construção socialista, o qual inicia mudança de sinal ideológico com a morte de Mao Zedong - 1976, e a ascensão de Deng Xiaoping ao poder, líder este que põe em marcha aquilo que denominou “socialismo com características chinesas”, como tal, adequado às condições nacionais do país (JINPING, 2019, p. 24-25). O fim da Guerra Fria resulta no poder unilateral dos Estados Unidos, país que renova invasões perpetradas em meados do século XX - Guerra da Coreia (1950-1953), Guerra do Vietnã (1955-1975), agora contra países Árabes no Oriente Médio, período que tem início com a Guerra do Golfo (1990-1991). A novidade apresentada nesse novo momento é a China, cujo PIB/PPC já é maior do que o dos EUA, segundo o Banco Mundial, e cujo sistema econômico é aqui apontado como francamente capitalista e de características imperialistas. A briga que se dá agora, portanto, não é mais a Guerra Fria nos moldes do século XX, pois ambos os países envolvidos se encontram num mesmo espectro ideológico. No século XXI, a competição que se dá é entre EUA e China, mediada pelos estratégicos semicondutores. De um lado, Washington luta para defender sua posição de país imperialista dominante, com exercício unilateral do poder. De outro, Pequim se coloca como desafiante, trazendo atrás de si sua forte economia, embora em desvantagem quanto aos semicondutores mais avançados, dado o embargo exercido pelos Estados Unidos às máquinas e exportações necessários para tanto. O tema dessa pesquisa, assim, é a geopolítica dos semicondutores entre Estados Unidos e China. A inquietação que a move inscreve-se na dúvida sobre os fundamentos e características desse confronto. Para o Brasil, a importância de uma pesquisa dessa monta situa-se nas vantagens que se pode obter dessa disputa hegemônica entre dois Estados imperialistas, haja vista estarem ambos, nesse exato momento, buscando influenciar outros Estados para seus projetos. Concretamente falando, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul integram um mesmo bloco econômico, cujo produto econômico atingiu a quarta parte do PIB Global em 2022. A pesquisa dessa disputa, assim, pode contribuir com os debates no sentido de abrir espaços para o Brasil, que deve saber explorar possíveis contradições entre as duas grandes potências do século XXI, lançando mão de subsídios teóricos próprios.

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