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As relações econômicas e diplomáticas entre a China e o Chile, no período 2000-2024, no contexto da emergência chinesa na América do Sul
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Palavras-chave

China-Chile
América Latina
Dependência
Imperialismo
Hegemonia

Como Citar

RIBEIRO, Jorge Antonio da Paz. As relações econômicas e diplomáticas entre a China e o Chile, no período 2000-2024, no contexto da emergência chinesa na América do Sul. Seminário Pesquisar China Contemporânea, Campinas, SP, n. 8, p. e024038, 2024. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/eventos/index.php/chinabrasil/article/view/11869. Acesso em: 7 nov. 2025.

Resumo

A crescente presença chinesa na região latino-americana e caribenha é um fato significativamente relevante para quem acompanha o quadro geopolítico desde a última década. A China vem se estabelecendo como importante parceiro comercial e diplomático de vários países da América do Sul, estabelecendo relações contínuas e crescentes, expressas em projetos de cooperação, acordos comerciais, presença no comércio bilateral, dentre outras iniciativas. Trata-se de um tema relevante tanto para compreender as mudanças na geopolítica latino-americana (Almeida, 2022), como para estudar a emergência da China nas últimas décadas (Souza, 2018, 2023), como um desdobramento de seu impulso estatal crescente (Gullo, 2014). O presente trabalho visa discutir, na condição de um estudo de caso, a relação específica do país asiático com o Chile, nas últimas duas décadas, com o objetivo de estudar o desenvolvimento dessas relações, nos termos da economia (comércio e investimentos) e da diplomacia (tratados, acordos, viagens oficiais, e outras iniciativas conjuntas), observando o quadro político interno chileno nesse período específico, desde a presidência de Ricardo Lagos até a de Gabriel Boric. O marco teórico adotado para a análise dos dados envolve a discussão sobre o imperialismo (Lênin, 2012), a teoria da dependência (Marini, 2000) e hegemonia (Gramsci, 2000), dentro da análise marxista, com interlocução dialética entre os dados e a teoria (Netto, 2011). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na forma de estudo de caso, constando técnicas qualitativas (análise documental) e quantitativas (levantamento estatístico). Os dados obtidos são secundários, envolvendo fontes oficiais dos governos chileno e chinês, tanto para os dados econômicos quanto para os diplomáticos, bases de dados globais (por exemplo, o Observatory of Economic Complexity1 e o China Global Development Dashboard), além de pesquisa jornalística em portais da mídia chinesa, chilena e internacional. São informações importantes para uma compreensão histórica do objeto de pesquisa, dimensionando a aproximação da China com a América do Sul ao longo do tempo, considerando o quadro político regional e interno dos países (aqui, Chile), além da atuação da China junto à CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

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