Cuidando do cuidador: a inclusão de práticas integrativas no contexto hospitalar

Resumo

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) são abordagens terapêuticas que têm como objetivo prevenir agravos à saúde, a promoção e recuperação da saúde. Apesar das estarem inclusas no SUS desde 2006, o acesso e implementação das mesmas ainda é pouco explorado no âmbito da atenção terciária (1). A hospitalização de uma criança em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um momento de crise para a família, sendo que geralmente um dos pais ou responsável permanece todo o período acompanhando o menor (2).   Objetivo: Oferecer aplicação de práticas integrativas aos acompanhantes pediátricos durante internação hospitalar da criança, através de grupo terapêutico voluntário.   Metodologia: Realização de grupos de meditação guiada com os familiares das crianças internados e aplicação de auriculoterapia de forma individualizada. Foram realizados grupos mensais, portanto houve rotatividade dos participantes. Resultados: A grande maioria dos familiares apresenta queixas como ansiedade, preocupação e medo, por conta da situação em que a criança se encontra, além de dores físicas e incômodos, geralmente causados pela internação prolongada ou inesperada do filho. Muitos dos participantes referem desconhecer sobre auriculoterapia e nunca ter praticado meditação, o que pode indicar pouco acesso da população em geral as práticas integrativas. Além disso, muitos deles referem melhora das queixas após atendimento, e solicitam realização do grupo com maior frequência. Conclusão: Percebe-se que o oferecimento dessas terapias aos familiares proporciona melhoria do bem-estar, assim como da interação entre equipe e familiares, auxiliando na construção de laços terapêuticos por meio do acolhimento e cuidado ao cuidador.