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Gramsci e a democracia nos cadernos do cárcere: a crítica à teoria das elites
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Palavras-chave

Antonio Gramsci
Revolução passiva
Democracia
Elites

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Como Citar

ALIAGA, Luciana. Gramsci e a democracia nos cadernos do cárcere: a crítica à teoria das elites. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 23, n. 42, p. 27–46, 2016. DOI: 10.53000/cma.v23i42.19156. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/inpec/index.php/cma/article/view/19156. Acesso em: 8 dez. 2025.

Resumo

O centro de interesse deste artigo está na problemática colocada inicialmente por G. Mosca e V. Pareto, primeiros sistematizadores da teoria das elites, sobre a crise parlamentar italiana na passagem do século XIX para o XX e na crítica que A. Gramsci faz a esses autores no contexto histórico do Risorgimento italiano. Ao inserir-se nessa discussão, Gramsci desenvolve uma importante análise sobre a revolução burguesa na Itália como um caso de revolução passiva, conceito que adquire grande relevância para o estudo da formação dos Estados capitalistas posterior à Revolução Francesa. A análise gramsciana desses processos traz à luz questões fundamentais, referentes aos limites e aos entraves que se apresentam para a concretização da democracia. Nesse sentido, o problema da divisão histórica entre dirigentes e dirigidos, no qual está envolvida tanto a questão da escassa participação política das massas populares quanto a crítica à democracia parlamentar na Itália, emerge como questão central desse debate.

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