Resumo
Foram muitas as lutas e os combates enfrentados por Florestan Fernandes durante sua fecunda vida. Nos anos recentes, embora fisicamente combalido por uma doença - cirrose hepática provocada por uma transfusão de sangue contaminado - que lhe impunha cuidados médicos constantes, Florestan jamais ensarilhou suas armas. Sua virtu consistia em desafiar abertamente a má sorte, opondo-lhe a lucidez de seu espírito combativo e a - força de sua integridade moral. A enfermidade não fazia calar a apaixonada defesa das idéias que constituiriam a própria razão de sua existência. Relata o noticiário de um jornal que, poucos dias antes de sua morte, ao entrar na sala de cirurgia, com voz débil, mas, serena, testemunhou: "O que me mantém vivo é a chama do socialismo que está dentro de mim".
Referências
TOLEDO, Caio Navarro de. Em memória de Florestan Fernandes. Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 3, n. 3, p. 172–175, 1996. https://doi.org/10.53000/cma.v3i3.19895

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Copyright (c) 1996 Caio Navarro de Toledo
 
	
