O Grupo do Santa Helena e a memória periférica de São Paulo

Resumo

Este artigo intenta compreender as representações das paisagens periféricas de São Paulo, pelo Grupo do Santa Helena, como registros poéticos de um recorte espaço-temporal-social, tendo em vista a condição ‘proletária’ destes, e a pertinência de tais representações como memória de uma cidade em expansão, e de um processo de exclusão social que remonta às décadas de 1930 e 40. Para tanto, buscou-se aprofundar as condições objetivas do bairro do Canindé a partir de duas pinturas de santelenistas sobre o local e amparar-se em teóricos seminais como Milton Santos e Casé Angatu, além de uma análise iconográfica baseada no método sugerido por Erwin Panofsky