Résumé
Cet article examine les impacts de la désindustrialisation et de la réorganisation du marché du travail brésilien sur le budget de la sécurité sociale, en analysant la période 2001-2019. Après la Constitution fédérale de 1988, la trajectoire du développement national a clairement changé et l'État brésilien s'est restructuré. Le financement de la sécurité sociale est devenu une question controversée. En 2001, une réforme des pensions a été approuvée pour réglementer les pensions complémentaires au Brésil. En 2019, une réforme plus large de la sécurité sociale a été imposée, justifiée par la nécessité de garantir la viabilité du système de sécurité sociale face au déficit croissant de l'époque. L'article met en évidence trois facteurs qui ont compromis les recettes de la Sécurité sociale: le faible poids de l'industrie manufacturière dans la génération d'emplois formels, la flexibilisation des relations de travail (aggravée par la réforme du travail en 2017) et la gestion fiscale, qui explique également le déséquilibre de ce budget. Il est essentiel d'analyser ces facteurs pour comprendre le débat biaisé sur les conditions de financement de la sécurité sociale brésilienne.
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