Resumo
A comunicação objetiva problematizar os embates que acompanharam a (não) implantação do monumento escultórico O Homem Brasileiro no edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública (Mesp), no Rio de Janeiro. Em um primeiro instante, serão discutidos os impasses que acompanharam a elaboração do projeto arquitetônico e os esforços empreendidos para transformar o edifício em uma obra símbolo da modernidade brasileira. Num segundo momento, minha reflexão volta-se aos trâmites que se desenrolam em torno da obra O Homem Brasileiro, encomendada a Celso Antonio, Ernesto de Fiori e Victor Brecheret. Valendo-me dos diferentes conteúdos formais plasmados pelos escultores, colocarei em confronto os julgamentos lançados pelo ministro Gustavo Capanema e pela equipe de arquitetos liderada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Também são cotejadas as críticas formuladas por estudiosos de diferentes campos das ciências humanas.
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Copyright (c) 2008 Helio Herbst