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Das estepes aos sertões: Lubok e cordel na construção da visualidade popular
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Palavras-chave

Arte popular
Lubok
Cordel

Como Citar

MIGUEL , Jair Diniz. Das estepes aos sertões: Lubok e cordel na construção da visualidade popular. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 4, p. 760–769, 2008. DOI: 10.20396/eha.4.2008.3944. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/3944. Acesso em: 11 dez. 2025.

Resumo

A proposta desse trabalho é apresentar o desenvolvimento de uma pesquisa de comparação artístico-cultural entre Rússia e Brasil na criação, desenvolvimento e uso dos impressos populares, embora separados espacial e temporalmente, tanto o Lubok quanto os folhetos de cordel mantém traços de similaridades na construção e nos usos de ambos mostrando que as necessidades dos grupos sociais que consumiam tais impressos tinham aproximações suficientes paracriar respostas equivalentes em termos culturais. Em primeiro lugar a análise das imagens tanto dos impressos são uma rica fonte do imaginário popular (suas persistências em determinadas temáticas e imagens recorrentes) e do consumidor popular (as técnicas preferidas, os desenhos que mais significados alcançam, o acabamento mais apreciado). Em segundo lugar a qualidade plástica e as técnicas utilizadas pelos artistas populares ou não, anônimos ounão na construção dos impressos (de base xilográfica, calcográfica ou outras). Por fim lembrar que todo produto cultural tem sua base social historicamente delimitada, mas seu alcance por vezes atinge outros extratos ou mesmo reverbera para além de seu tempo e lugar tornando-se parte da Arte em geral.

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Referências

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Copyright (c) 2008 Jair Diniz Miguel