Banner Portal
Analogias entre cor e som na pintura: de Delacroix a Seurat
PDF

Palavras-chave

Pintura
Literatura
Música

Como Citar

TÉO , Marcelo. Analogias entre cor e som na pintura: de Delacroix a Seurat. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 4, p. 1149–1162, 2008. DOI: 10.20396/eha.4.2008.4105. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/4105. Acesso em: 13 out. 2025.

Resumo

Se até o século XVII a cor encontrava-se subordinada ao design do quadro, num domínio mais baixo da sensualidade, ocupará, a partir do século XVIII, lugar privilegiado entre os pintores, e a música das cores tornar-se-á um major theme, figurando pauta de extrema relevância quase dois séculos mais tarde, junto a alguns dos principais artistas modernos. Pode-se dizer que, no que diz respeito à cor, antes dos escritos de Isaac Newton, Aristóteles foi a grande referência, tendo sugerido também, uma série de analogias com a música. Aristóteles defendeu a cor como propriedade das superfícies – e não uma sensação produzida no olho por certas características da luz, como quis Newton. Boa parte dos pintores mais inovadores do século XIX exploraram tais aproximações, sobretudo a partir de uma perspectiva newtoniana, ou seja, de uma harmonia visual, muito próxima do sistema musical. Pode-se destacar, pela profundidade dos resultados, as personagens de Eugène Delacroix e Georges Seurat, situados em momentos históricos bastante distintos, mas com preocupações em certo sentido complementares. A presente comunicação pretende debater alguns dos caminhos disponíveis aos pintores desde fins do século XVIII no que diz respeito às aproximações entre cor e som, bem como suas causas e implicações, partindo das experiências de dois dos artistas mais emblemáticos e inventivos da pintura européia oitocentista.

PDF

Referências

ABRAMS, M. H. The mirror and the lamp: romantic theory and the critical tradition. New York, 1958, p. 50.

CHASE, Gilbert. Delacroix and music. Source: Music & Letters, Vol. 15, No. 3 (Jul., 1934), p. 239.

DELACROIX, E. Journal (I, 1822-1852). Paris: Librairie Plon, 1932, p. 239-40.

LEE, Rensselaer W. Ut Pictura Poesis: The Humanistic theory of painting. The Art Bulletin, Vol. 22, No. 4, (Dec., 1940), p. 197-269.

LONGRE, Jean-Pierre. Musique et Littérature. Paris: Bertrand-Lacoste, 1994, p. 18.

MARIN. Louis. Sublime Poussin. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 207-8.

MCGRATH, F. C. The sensible spirit: Walter Pater and the modernism paradigm. University of South Florida Press, 1986.

UNGLAUB, Jonathan. Poussin and the poetics of painting: pictorial narrative and the legacy of Tasso. Massachusetts: Brandeis University, 2006.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2008 Marcelo Téo