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Grandjean de Montigny: um utópico no trópico
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Palavras-chave

Arquitetura no Brasil
Neoclassicismo
Missão francesa

Como Citar

ANDRADE, Marco Antonio Pasqualini de. Grandjean de Montigny: um utópico no trópico. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 2, p. 181–188, 2006. DOI: 10.20396/eha.2.2006.3692. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/3692. Acesso em: 15 out. 2025.

Resumo

Esta comunicação relata um estudo, realizado em 1990, sobre Grandjean de Montigny, o arquiteto francês que integrou a Missão Artística organizada por Lebreton em 1816, que tinha por objetivo fundar uma Academia de Belas Artes no Brasil. A tese principal versa sobre a influência dos arquitetos “utópicos”, que atuaram no final do século XVIII na França (Boulée, Ledoux, Lequeu), sobre a produção, idéias e projetos de Montigny. Como instrumento metodológico foi adotado um estudo comparativo visual, englobando desenhos, projetos e fotografias. Observa-se em sua arquitetura o uso de formas simples, geométricas, regulares, simétricas, com uma repetição intensa dos elementos formais empregados. Verifica-se, dessa maneira, que o conceito de “imitação”, caro ao neoclassicismo, torna-se matriz de um pensamento utópico, uma arquitetura ideal, irreal, quase impossível, especialmente tendo em vista o contexto cultural, econômico e político de uma nação em devir, no caso o Brasil no período do Império.

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Referências

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