Resumen
El artículo presenta un relato etnográfico de la Visita, ritual funerario oral practicado por los habitantes de la comunidad de pescadores marineros de Tatajuba, situada en el extremo occidental del estado de Ceará, a 365 kilómetros de Fortaleza. Siguiendo la teoría y el método antropológicos clásicos de Gregory Bateson, Victor Turner, Marcel Mauss, Peter L. Berger y Lévi-Strauss, se pretende abordar los actores y las simbologías que componen la escena ritual de la Visita, entendiendo su trama como un signo amplio donde la cismogénesis y la semiótica se afirman en las diversas interacciones ceremoniales. ¿En qué medida el rito funerario oral, que celebra el paso de un año desde la muerte del patrón de un barco, puede ser leído a partir de la composición artístico-performativa negociada por sus elementos rituales? La antropología de la religión, la semiótica peirciana y la antropología del arte y del rito se utilizan como campo de discusión compartido, considerando las posibilidades de interpretación que ofrecen estos subcampos.
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