Banner Portal
Mulheres de Chassériau
PDF

Palavras-chave

Théodore Chassériau
Século XIX
Pintura
Pintura francesa

Como Citar

COSTA JUNIOR, Martinho Alves da. Mulheres de Chassériau. Encontro de História da Arte, Campinas, SP, n. 4, p. 222–229, 2008. DOI: 10.20396/eha.4.2008.3834. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/eventos/index.php/eha/article/view/3834. Acesso em: 16 out. 2025.

Resumo

Apesar da crítica comumente apontar em Chassériau um “pintor de mulher” e embora haja alguns estudos pontuais, por exemplo, tratando os adereços portados pelas mulheres ou mesmo uma guinada psicanalítica, um estudo sistemático focando este tema ainda é lacunar. Para este artigo, nos debruçaremos sobre a questão separando a obra do artista por grandes temas recorrentes: a) o retrato: o pintor foi um retratista que, em alguns aspectos, agradou a crítica de sua época, sendo comparado ao seu mestre Ingres, como em Retrato da Mademoiselle Cabarrus de 1848 ou Retrato das senhoritas C. ou As duas irmãs. b) a literatura: em diversos momentos Chassériau apresenta figuras oriundas da literatura, notadamente as investidas em água-forte para a peça de Shakespeare, Otelo ou as diversas obras inspiradas na mitologia. Entretanto, quando falamos literatura, incluímos também o cenário das letras e das ciências de seu tempo, como O tepidarium de 1853, realizado a partir de artigos produzidos pela descoberta das ruínas de Pompéia. c) a alegoria: as figuras alegóricas femininas de maior expressão do artista estão concentradas no que foi a pintura na Cour de Comptes de 1844-1848, alvo do incêndio da famigerada Comuna de 1871. d) o oriente: muitos estudiosos no início da carreira de Chassériau procuraram encontrar traços geográficos para explicar o gosto oriental, ou seja, tal gosto se daria pelo fato do artista ter nascido em São Domingos. Porém a produção de figuras femininas orientais começa, sobretudo após sua viagem à Argélia em 1846.

PDF

Referências

Baudelaire, Charles. Poesia e Prosa : volume único. 1ed. Rio de Janiero. Nova Aguilar, 1995.

Bonnet, Jacques. Femmes au bain: du voyeurisme dans la peinture occidentale. Paris: Hazan, 2006.

Chevillard, Valbert. Un Peintre Romantique : Théodore Chassériau. La Rochelle. Rumeur des Ages, 2002.

Coli, Jorge. “Pinturas sem palavras ou Os paradoxos de Ingres”. In: Novas, Adauto (Org.). Artepensamento. 1ed. São Paulo. Companhia das Letras. 2006.

Focillon, Henri. La peinture au XIX siècle. 1ed. Paris. Renouard, 1927.

Foucart, Bruno. « Chassériau ou la beauté bizarre ». In : Connaissance des arts, no592, março de 2002. pp. 66-73.

Friedlaender, Walter. De David a Delacroix. Trad. Port. L. V. Machado.1ed. São Paulo. Cosac Naify, 2001.

Guégun, Stéphane et. Al. Chassériau. Un autre romantisme. Paris. Beaux Arts magazine, 2002.

Jover, Manuel. Ingres. Paris. Terrail, 2006.

Prat, Louis-Antoine et. Al. Chassériau. Un autre romantisme. 1ed. Paris. RMN, 2002.

Prat, Louis-Antoine. Inventaire général des dessins, école française. Dessins de Théodore Chassériau, 1819-1856, 2 volumes. Paris: RMN, 1988.

Peltre, Christine. Les Orientalistes. 1ed. Paris. Hazan, 2000.

Peltre, Christine. Théodore Chassériau. 1ed. Paris. Gallimard, 2002.

Rosenthal, Léon. Du romantisme au réalisme. La peinture en France de 1830 à 1848. Paris, 1987.

Sandoz, Marc. Théodore Chassériau: 1819-1856. Catalogue raisonné des peintures et estampes. 1ed. Paris. Arts et Métiers Graphiques, 1974.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2008 Martinho Alves da Costa Junior