Resumen
Este trabajo es una reflexión teórica sobre el papel que la literatura de mujeres indígenas desempeña en el plano político actual, de manera que al hacer pública la causa, la escritura de autoría indígena manifiesta la condición de sujetos históricos de esta población y se posiciona en defensa de los cuerpos y territorios originarios. Al hacer visibles otros mundos y sus constituyentes, esta literatura demarca los conocimientos indígenas sobre la sociedad no indígena y publicita la causa en una
acción política y politizante. Cargada de emoción, afecto, sensibilidad y también de crítica hacia la sociedad no indígena, la literatura indígena
enciende cosmologías y saberes, sumándose a la lucha en defensa de los cuerpos y territorios indígenas. En un destello de mundos y sus
constituyentes, la literatura indígena contemporánea territorializa el campo de la escritura y del conocimiento frente al borrado históricocolonial, al mismo tiempo que recupera la soberanía de sus narrativas y nos cuenta nuevamente las trayectorias y resistencias indígenas.
Referencias
ALBERT, Bruce. “O ouro canibal e a queda do céu: uma crítica xamânica da economia política da natureza”. In: Série Antropologia, n. 174, p. 1-33, Brasília, 1995.
ALMEIDA, Mauro W. Barbosa de. “Caipora e outros conflitos ontológicos”. Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.7-28, 2013.
BARBOSA, Thais Viana.“Demarcando territórios epistêmico, cosmológico e geográfico: a escrita de autoria indígena”. Revista de Antropologia da UFSCar, 15 (1), jan./jun. p.229-247, 2024.
BANIWA, Gersem. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje / Gersem dos Santos Luciano - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006.
BARBOZA, M. S. L., Tukano, L. D. Y. e Waiwai, J. X. “Corpo territorialização Katukina: Lampejos etnográficos sob as perspectivas femininas indígenas”. Amazônia - Revista de Antropologia. v.11 (2), p.503-547, 2019.
CORREA XAKRIABÁ, C. N. O barro, o genipapo e o giz no fazer epistemológico de autoria Xakriabá: reativação da memória por uma educação territorializada. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Departamento de Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais, Brasília, Distrito Federal, Brasil, 2018.
DANNER; L.; DORRICO, J.; DANNER, F. “Uma literatura militante: sobre a correlação de movimento indígena e literatura indígena brasileira contemporânea.” Aletria, Belo Horizonte, v. 28, n. 3, p. 163-181, 2018.
DORRICO, Julie. “A oralidade no impresso o eu-nós lírico-político da literatura indígena contemporânea”. BOITATÁ, v. 12, p. 216-233, 2017.
DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (Orgs.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS: Editora, 2020.
DORRICO, Trudruá Macuxi. “Mulheres indígenas na literatura”. SESC São Paulo, 2022. Disponível em: https://www.sescsp.org.br/mulheres-indigenas-na-literatura-em-pauta-com-julie-dorrico-e-paolla-vilela/
EVARISTO, Conceição. “Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita”. In: Alexandre, Marcos A. (org.) Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza Edições, p. 16-21, 2007.
EVARISTO, Conceição. “A escrevivência e seus subtextos”. In: Escrevivência: a escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo / organização Constância Lima Duarte, Isabella Rosado Nunes; ilustrações Goya Lopes. - 1. ed. – Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.
FINNEGAN, Ruth.“O significado da literatura em culturas orais”. In: Queiroz, Sônia (Org). A tradição oral. FALE: MG, 2006.
FONTES, F. B. “Minha escrevivência, experiências vividas e diálogo com as mulheres indígenas do Rio Negro - Amazonas/Brasil”. Cadernos de campo (São Paulo, online). vol.29, n.1. p.179-186, 2020.
HAESBAERT, Rogério. “Do corpo-território ao território-corpo (da terra): contribuições decoloniais”. Revista GEOgraphia, 22(48), pp. 75-90, 2020.
HOOKS, Bell. “Linguagem: ensinar novas paisagens/novas linguagens”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis. 16 (3): 424, setembro-dezembro, 2008 [1994].
KAMBEBA, Márcia Wayna. Ay Kakyri Tama: eu moro na cidade –2a.ed. – São Paulo: Editora Jandaíra, 2018.
KAMBEBA, Márcia Wayna. Saberes da Floresta. São Paulo: Jandaíra, 2020.
KAMBEBA, Márcia Wayna. O lugar do saber ancestral. 2a. ed. – São Paulo: UK’A, 2021.
KAMBEBA, Márcia Wayna. Kumiça Jenó: narrativas poéticas dos seres da floresta. 1a. ed. – Underline Publishing, 2021.
KAMBEBA, Márcia Wayna. De almas e águas kunhãs.1a. ed. – São Paulo: Editora Jandaíra, 2023.
KAMBEBA, Márcia Wayna. Infância na aldeia. Ilustrações: Cris Eich. - Jandaíra, SP: Ciranda na Escola, 2023.
KAMBEBA, Márcia Wayna. O curumim Wirá e os encantados. Ilustrações: Simone Ziasch. Campinas, SP: Casa Cultural, 2023.
KAMBEBA, Márcia Wayna. O povo Kambeba e a gota d’água. Ilustrações: Cris Eich. Edebe Editora, [s.d.].
KAMBEBA, Márcia Wayna. Cocar. Ilustrações: Cris Eich. Krauss Editora, [s.d.].
KAMBEBA, Márcia Wayna. A matinta pajé. Ilustrações: Dedê Paiva. Espia Editora, [s.d.].
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Tradução Beatriz Perrone-Moisés; prefácio Eduardo Viveiros de Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 2015[2010].
KRENAK, Edson. “Literatura Indígena: um cordão de três dobras”. Disponível em: https://www.academia.edu/10548880/Literatura_Ind%C3%ADgena_um_cord%C3, [s.d.].
Marcha das Mulheres Indígenas. “Documento Final da Marcha das Mulheres Indígenas (2019)”. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, Brasília, v. 7, n. 2, p. 339–345, 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/39122.
MUNDURUKU, Daniel. “Educação Indígena: Do corpo, da mente e do espírito”. Revista Múltiplas Leituras, v.2, n. 1, p. 21-29, jan. / jun, 2009.
OLIVEIRA, João P. “Fricção interétnica”. In: Silva, B. (Org.). Dicionário de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Editora da FGV, p. 495-498, 1986.
OLIVEIRA, João. P. “Uma etnologia dos ‘índios misturados’? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais”. Mana, v. 4, n.1, p. 47-77, abr, 1998.
PEGGION, Edmundo A. “O reverso da etnografia: as possibilidades da escrita indígena”. Revista de Antropologia da UFSCar. n.9.v.2, jul./dez, p. 47-61, 2017.
PINTO, M. C.; Lima, E. G. “Metade Cara, Metade Máscara: Uma escrita-testemunho tecida entre os fios da memória”. In: XV Congresso Internacional da ABRALIC, 2017, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos do XV Congresso Internacional da ABRALIC - 07 a 11 de agosto de 2017, v. 3. p. 4654-4664, 2017.
POTIGUARA, Eliane. A terra é a mãe do índio Nhandecy. Grupo Mulher - Educação Indígena (GRUMIN). Impressão: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Pró-reitoria de Extensão, Minas Gerais, 1989.
POTIGUARA, Eliane. O coco que guardava a noite. 1a Ed. Mundo Mirim Editora, 2012.
POTIGUARA, Eliane. Pássaro Encantado. Ilustrações: Aline Abreu. - 1.ed. -São Paulo: Jujuba, 2014.
POTIGUARA, Eliane. A cura da terra. 1a. ed.- São Paulo: Editora do Brasil, 2015.
POTIGUARA, Eliane. Metade Cara, Metade Máscara.3a Ed. Rio de Janeiro: GRUMIN, 2019 [2004].
POTIGUARA, Eliane. “Mulheres indígenas sempre foram guerreiras: feminismo e meio ambiente, olhar histórico e político”. In: Jenipapos: diálogos sobre viver [livro eletrônico] / organização Daniel Munduruku... [et al.]; coordenação Isabella Rosado Nunes, Mauricio Negro; arte Mauricio Negro. -- Rio de Janeiro, RJ: Mina Comunicação e Arte, 2022.
POTIGUARA, Eliane. O vento espalha a minha voz originária. Rio de Janeiro, RJ - 1a. ed. - GRUMIN, 2023.
Povos Indígenas no Brasil. Quem são? Povos Indígenas no Brasil, 2024. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Quem_s%C3%A3o#:~:text=Atualmente%20encontramos%20no%20territ%C3%B3rio%20brasileiro,da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20total%20do%20pa%C3%ADs .
PRIMO DOS SANTOS, Ana Manoela S. “As perguntas das antropólogas: Percepções sobre a demarcação do território da escrita e o costurar dos conhecimentos”. Novos Debates - Fórum de Debates em Antropologia, 7, pp. 1-15, 2021.
PRIMO DOS SANTOS, Ana Manoela S. “A autoria coletiva e a autoetnografia: experiências em antropologia com as parentas Karipuna do Amapá”. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. 17(2), pp. 1-16, 2022.
SOARES-PINTO, Nicole, Affonso, Ana Maria. R., & Benites, Sandra. “Mulheres indígenas
e suas coexistências - uma apresentação.” Cadernos de Campo, 29(1), pp. 173-178, 2020.
SCHILD, Joziléia Daniza Jagso Inácio Jacodsen. Articulação das Mulheres Indígenas no Brasil: em movimento e movimentando redes. Tese (doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 2023.
SMITH, Linda Tuhiwai. Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas. tradução Roberto G. Barbosa. Curitiba: Ed. UFPR, 239 pp, 2018[1999].
VILELA, Paolla. “Mulheres indígenas na literatura”. SESC São Paulo, 2022.
Disponível em: https://www.sescsp.org.br/mulheres-indigenas-na-literatura-em-pauta-com-julie-dorrico-e-paolla-vilela/.
WERÁ, Kaká. Kaká Werá. Coleção Tembetá. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2017.

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Derechos de autor 2025 Thais Viana Barbosa