Resumo
No âmbito da minha pesquisa de doutorado sobre extrativismo imobiliário em territórios rurais, realizei uma estadia de pesquisa na Amazônia colombiana, onde trabalhei na fazenda de uma família Okaina-Murui. Junto com Carlos Matías Moreno, que me acompanhou e orientou nesse processo, aprofundamos a compreensão da chagra não apenas como um sistema agrícola, mas também como um espaço de transmissão de conhecimentos ancestrais. Por meio do plantio, do cuidado com as culturas e das práticas ritualísticas associadas, observamos como essa família mantém um equilíbrio que desafia a lógica extrativista contemporânea. A experiência também nos permitiu compreender a visão de mundo dos povos amazônicos, em que a natureza é entendida como um ser vivo com o qual se estabelecem relações e vínculos recíprocos. Este trabalho contribui para a reflexão sobre as relações entre o território e o conhecimento dos povos amazônicos, como alternativas necessárias diante das ameaças do extrativismo.
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