Resumo
Encarnada, Exu-Fêmea, Dona das Encruzilhadas. Mensageira, Filha da Desordem, Rainha da Gargalhada. Amorosa, Amiga Fiel, Sentinela das Porteiras. Mulher-Serpente, Divina Lilith, Moça Bonita, Rosa Vermelha, Cobra Venenosa. Advogada. Bato cabeça e peço permissão para expor esta obra. Fotografias da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas na coroa de Pai Valdo de Iansã, da Cabana do Preto Velho da Mata Escura, no bairro Bom Jardim, Fortaleza-CE. As imagens desvelam o corpo sutil, entre mundos, trazendo e levando Pombagira da e na encruzilhada da existência. Filha das ruas, Majestade Pombagira encanta no sangue que pulsa nas veias de seu cavalo. As imagens são cavalgadas e gargalhadas. Giras, rodas, voltas. Vida pulsante. Derramação. Amarração. Corte de faca. Prazer e gozo. Reza e cura. Mistério.
Referências
ALEXANDRE, Claudia. Exu-Mulher e o matriarcado nagô: sobre masculinização, demonização e tensões de gênero na formação dos candomblés. Rio de Janeiro: Fundamentos de Axé, 2023.
ANACÉ, Climério Silva. A umbanda e os povos indígenas do Ceará. In: ANJOS, Jean dos Anjos. Festa, baia, gira, cura. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2024.
ANJOS, Jean Souza dos. Amor, festa, devoção: a Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas. Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara – FWA, 2024.
NOVAES, Sylvia Caiuby. Imagem e memória. In: MAMMI, Lorenzo; SCHWARCZ, Lilia Moritz. 8 x fotografia: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
RUFINO, Luiz. Vence-demanda: educação e descolonização. Rio de Janeiro: Mórula, 2021.
SIMAS, Luiz Antonio. Umbandas: uma história do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2024.

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