Resumen
Este artículo parte de la discusión sobre la autonomía del universo infantil versus la autonomía infantil para analizar el caso de los niños Capuxu y su agencia. El pueblo Capuxu es un grupo campesino cuya etnia se define por un fuerte sentido de pertenencia, además de algunos signos diacríticos. Entre los aspectos enunciativos de la identidad Capuxu, se destacan tres sistemas principales: parentesco, nominación y patrocinio, que se modifican fuertemente a través de la acción de los niños. El sistema onomástico asigna nombres en la infancia que son reemplazados por los apodos colocados por los niños entre ellos, duran estos apodos durante toda su vida y se convierten en los diseños formales de sus portadores. Aunque el sistema de patrocinio les otorga patrocinios elegidos por sus padres, los niños participan en rituales alternativos de patrocinio reemplazando sus patrocinios formales con aquellos que han elegido y eludiendo el sistema de patrocinio Capuxu. El sistema de endogamia de parentesco, con la unión preferencial entre primos, delimita a los posibles cónyuges para los hijos, pero este sistema depende completamente de las relaciones que estos hijos desarrollan con sus posibles cónyuges. Así es como este artículo revela cómo los niños Capuxu transforman los sistemas construidos por adultos, dándoles autonomía
Referencias
ALVAREZ, Myriam. “Kitoko Maxakali: A criança indígena e os processos de formação, aprendizagem e escolarização”, ANTHROPOLÓGICAS,ano 8, vol.15(1): 2004.
CODONHO, Camila. “Entre brincadeiras e hostilidades: percepção, construção e vivência das regras de organização social entre as crianças indígenas Galibi-Marworno”, Revista Tellus, ano 9, n.17, 2009.
COHN, Clarice. “Crescendo como um Xikrin: uma análise da infância e do desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá”. Revista de Antropologia. São Paulo: USP, vol.43, n° 2, 2000.
COUTO, Gustavo Belisario D’Araujo. Brincando na terra: tempo, política e faz de conta no acampamento canaã (MST - DF). Dissertação (Mestrado em Antropologia Social), Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
FERNANDES, Florestan [1946]. “As trocinhas do bom retiro: contribuição ao estudo folclórico e sociológico da cultura e dos grupos infantis” In Folclore e Mudança Social na cidade de São Paulo, São Paulo: Martins Fontes, 2004.
GIDDENS, Anthony. A constituição da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
HARDMAN, Charlote [1976]. “Can there be na anthropology of children?” In: Journal of the Anthropological Society of Oxford, Childhood, vol.8 (4), 2001.
HUGH-JONES, Stephen, “The substance of Northweast Amazonian names”, em Bodenhorn e Vom Bruck, The Anthropology of Names and Naming. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro (Biblioteca Tempo Universitário; 7), 2003.
LIMULJA, Hanna C. L. R. Uma etnografia da escola indígena Fen’Nó à luz da noção de corpo e das experiências das crianças Kaingang e Guarani. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFSC, Florianópolis, 2007.
MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
MELLO, Flávia. Ciclo de Discussão sobre experiências e pesquisas a respeito da educação e infância indígena. Projeto Educação e Infância Indígenas, NEPI/UFSC, 2006.
MIRANDA, Sarah. Aprendendo a Ser Pataxó: um olhar etnográfico sobre as habilidades produtivas das crianças de Coroa Vermelha, Bahia. Dissertação de mestrado em Antropologia Social, UFBA, 2009.
NUNES, Ângela. “O lugar das crianças nos textos sobre sociedades indígenas brasileiras”. In: LOPES DA SILVA, MACEDO & NUNES (Orgs.) Crianças Indígenas, ensaios antropológicos. São Paulo: Mari/Fapesp/ Global, 2002.
OLIVEIRA, Melissa. “Nhanhembo’é: infância, educação e religião entre os Guarani de M’Biguaçu, SC”, Revista Cadernos de Campo, nº 13, 2005.
PINA CABRAL, João de. “Nicknames and the experience of community”, Man, n. 19, 1984. PIRES, Flávia Ferreira. Quem tem medo de mal-assombro?: religião e infância no semiárido nordestino. Rio de Janeiro: E-papers/ João Pessoa: UFPB, 2011.
PINA CABRAL, João de. O Programa Bolsa Família e o consumo das meninas e dos meninos no semi-árido nordestino. Anais do Fazendo Gênero 9: diásporas, diversidades, deslocamentos. Florianópolis, 2010.
QUEIROZ, Poliana Jacqueline Oliveira. “Bora agitar?!”: as crianças na Dança dos Mascarados de Poconé – MT. Dissertação de Mestrado defendida pelo PPGA da UFMT, 2016.
SCHILDKROUT, Enid. “Age and Gender in Hausa Society: SocioEconomic Roles of Children in Urban Kano” In LA FONTAINE (Ed.) Sex an Age as Principles of Social Differentiation, London: Academic Press, 1978.
SILVA, Aracy Lopes da. Nomes e Amigos: Da Prática Xavante a uma Reflexão sobre os Jê. São Paulo, FFLCH, USP, 1986.
SOUSA, Emilene L. Umbigos enterrados: corpo, pessoa e identidade Capuxu através da infância. Tese. (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil, 2014.
SOUSA, Emilene L. “A trilogia na Infância Camponesa: aprendizagem, ludicidade e trabalho”, Anais do 31º Encontro Anual da ANPOCS, 2007.
TASSINARI, Antonella. “Concepções Indígenas de Infância no Brasil” In: Revista Tellus, ano 7, n.13, outubro/2007.
TASSINARI, Antonella. “Múltiplas Infâncias: o que a criança indígena pode ensinar para quem já foi à escola ou A Sociedade contra a Escola”, Anais do 33º Encontro da ANPOCS, 2009.
TASSINARI, Antonella. A participação de crianças indígenas e camponesas na produção de alimentos. Anais do 54º Congresso Internacional de Americanistas. Simpósio: Children’s Food Heritage. Anthropological Issues, Viena, 15 a 20 de julho de 2012.
VASCONCELOS, Viviane C. C. Tramando redes: parentesco e circulação de crianças Guarani no litoral de Santa Catarina. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social, defendida pelo PPGAS/UFSC, 2011.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Araweté: Os Deuses Canibais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1986.

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Derechos de autor 2018 Emilene Leite de Sousa