Banner Portal
Reconocimiento facial en estadios, ¿tecnología de seguridad o mecanismo de vigilancia? Notas etnográficas sobre la importancia de la perspectiva fan para el debate
PDF (Portugués)

Palabras clave

Reconocimiento facial
Estadios de fútbol
Aficionados
Tecnologías de seguridad
Mecanismos de Vigilancia

Cómo citar

SOUSA, Raquel de; JUNIOR, Roberto Souza. Reconocimiento facial en estadios, ¿tecnología de seguridad o mecanismo de vigilancia? Notas etnográficas sobre la importancia de la perspectiva fan para el debate. Tematicas, Campinas, SP, v. 33, n. 65, p. 51–78, 2025. DOI: 10.20396/tematicas.v33i65.20025. Disponível em: https://econtents.sbu.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/20025. Acesso em: 26 oct. 2025.

Resumen

En este artículo reflexionamos sobre la reciente implementación del reconocimiento facial en los torniquetes de acceso a los estadios de fútbol en Brasil, que luego de la Ley General del Deporte (2023), se convertirá en una medida obligatoria a partir de 2025 en estadios para más de 20 mil personas. Además de una discusión sobre tecnologías y seguridad, buscamos aquí abordar algunos temas específicos desde la perspectiva de los hinchas de fútbol, y así resaltar lo que los múltiples actores en este contexto tienen que decir, como los aficionados organizados, comunes, colectivos y antifascistas. Basado en incursiones etnográficas en juegos en las ciudades de São Paulo y Río de Janeiro, tanto en estadios y arenas que ya cuentan con la tecnología (Allianz Parque, São Januário, Nilton Santos y Maracanã), como en otros que aún no la han implementado (Morumbis y Neo Química Arena), conversamos sobre las experiencias y expectativas de los aficionados ante la imposición del nuevo cambio. Con esto pretendemos resaltar lo positivo de la nueva medida, vendida por las autoridades públicas y difundida por los medios de comunicación como medida de seguridad definitiva, con la perspectiva de los aficionados que, a pesar de vivir las consecuencias de este proceso en sus propios cuerpos, han estado constantemente separados de este debate. Después de todo, ¿el reconocimiento facial en los estadios sería realmente sólo una nueva e interesante tecnología de seguridad, u otro mecanismo de vigilancia, especialmente para las clases más populares y negras que todavía nos quedan en los nuevos estadios de fútbol de Brasil?

PDF (Portugués)

Referencias

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção: [Homo Sacer, II, I]. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015.

ANDRADE, Marianna. Para além da arquibancada: uma etnografia sobre as "Gaviãs" da Fiel. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, em andamento.

BENJAMIN, Ruha. Race after technology: abolitionist tools for the new Jim Code. Medford: Polity Press, 2019.

BOCCHI, Gabriel Moreira Monteiro. Do estádio do Pacaembu para a Arena Corinthians: etnografia de um processo de “atualização”. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2016. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em: 22/maio/2024.

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Senado Federal, jul. 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 28/junho/2024.

BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Dispõe sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Brasília, DF: Senado Federal, ago. 2018. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 28/junho/2024.

BRASIL. Lei nº 14.597, de 14 de junho de 2023. Institui a Lei Geral do Esporte. Brasília, DF: Senado Federal, jun. 2023. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/L14597.htm. Acesso em: 28/junho/2024.

BUCHER, Taina. If... then: algorithmic power and politics. Oxford: Oxford University Press, 2018.

BUOLAMWINI, Joy; GEBRU, Timnit. Gender shades: intersectional accuracy disparities in commercial gender classification. In: Conference on Fairness, Accountability and Transparency. PMLR, 2018.

CABRERA, Nicolas; SOUSA, Raquel de Oliveira. Violências no futebol brasileiro: uma análise dos casos registrados em 2023. Revista História: Debates e Tendências, v. 24, p. 184–204, 2024.

CARVALHO, Phelipe C. Pontes. O Belo e suas torcidas: um estudo comparativo sobre as formas de pertencimento que cercam o Botafogo da Paraíba. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2019.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 2004.

GILLESPIE, Tarleton. A relevância dos algoritmos. Parágrafo, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 95–121, 2018.

GOMES, Camila Souza; SOUSA, Raquel de Oliveira. Violência em jogo: um panorama sobre o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios e sua relação com as torcidas cariocas. Sociologias Plurais, v. 7, n. 3, 2021.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia: Marcel Mauss. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

MISSE, Michel. Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Civitas: Revista de Ciências Sociais, v. 8, n. 3, p. 371–385, 2008.

PORTO, Victor Benigno; ROLIM, E. C. O reconhecimento facial e o viés algorítmico racista / Facial recognition and racist algorithmic bias. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 5, p. 33349–33371, 2022.

RAMOS, Silvia; MUSUMECI, Leonarda. Elemento suspeito: abordagem policial e discriminação na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

SAMPAIO, José Adércio Leite. Datificação e vigilância: o Judiciário é guardião dos direitos fundamentais na sociedade digital? Direitos Fundamentais & Justiça, Belo Horizonte, ano 16, n. 46, p. 155–175, jan./jun. 2022.

SILVA, Tarcízio. Racismo algorítmico: inteligência artificial e discriminação nas redes digitais. São Paulo: Edições Sesc, 2022.

SIMÕES, Irlan. Clientes versus rebeldes: novas culturas torcedoras nas arenas do futebol moderno. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2017.

SOUSA, Raquel de Oliveira. Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios: conhecendo melhor este núcleo especializado da Polícia Militar do Rio de Janeiro. 2021. 346 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

SOUSA, Raquel de Oliveira. Violência, acusação e masculinidade: uma análise sobre a violência no futebol carioca a partir dos termos de ajustamento de conduta. Revista Esporte e Sociedade, v. 16, p. 1–14, 2023.

SOUSA, Raquel de Oliveira; BENTO, Daniel Teixeira; FERREIRA, Lucas Azevedo; GUEDES, Lucas Lima; TORRES, Mariana; FREITAS, Tiago Vinícius. Esporte, dados e direitos: o uso de reconhecimento facial nos estádios brasileiros. 1. ed. Rio de Janeiro: CESEC, 2024.

SOUZA JUNIOR, Roberto. Torcidas organizadas entre futebol e carnaval: uma etnografia sobre a materialização do torcer e do sambar nos Gaviões da Fiel. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, 2022.

SOUZA JUNIOR, Roberto. O samba em torcidas organizadas: narrativas caminhantes, (sobre) vivências imagéticas que não ganham manchetes. Fotocronografias, [S. l.], v. 10, n. 24, p. 160–179, 2024.

SOUZA JUNIOR, Roberto; ANDRADE, Marianna; TOLEDO, Luiz Henrique. Pertencimento clubístico e pertencimento torcedor: materialidade e gênero numa torcida organizada de futebol. Revista Esporte e Sociedade, 2021.

SOUZA JUNIOR, Roberto; ANDRADE, Marianna; CALDAS, Phelipe. Entre torcidas organizadas e torcidas antifascistas: considerações sobre as políticas do torcer e suas resistências. Revista sobre Futebol, Linguagem, Artes e Outros Esportes, v. 7, p. 53–81, 2022.

TEIXEIRA, Rosana da Cunha. Os perigos das paixões: visitando torcidas jovens cariocas. São Paulo: Annablume, 2004.

TOLEDO, Luiz Henrique de. Torcidas organizadas de futebol. Campinas: Autores Associados / ANPOCS, 1996.

TOLEDO, Luiz Henrique. Torcer: perspectivas analíticas em antropologia das práticas esportivas. Tese de titularidade – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2019.

TOLEDO, Luiz Henrique de. Lógicas no futebol: dimensões simbólicas de um esporte nacional. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

TOLEDO, Luiz Henrique de. Quase lá: a Copa do Mundo no Itaquerão e os impactos de um megaevento na socialidade torcedora. Horizontes Antropológicos, v. 19, n. 40, p. 149–184, dez. 2013.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.

Derechos de autor 2025 Raquel de Oliveira Sousa, Roberto Souza Junior

Downloads

Download data is not yet available.